(12/09/2003)
“Tua terra natal é o Infinito. Teu real período de vida é a Eternidade”.
Yoganan
As energias começavam a ficar mais intensas e fortes quanto mais eu buscava. Sabem, tudo isso me dava muito medo, pois não sabia o que estava acontecendo e o que iria acontecer. Quando ficava muito ansiosa, querendo respostas, começava a ficar nervosa, como se algo estivesse para acontecer. O medo me bloqueava o raciocínio, mas inconscientemente queria saber, descobrir.
Era quando um livro vinha parar nas minhas mãos. Começava a ler e um pânico me tomava conta, pois tinha medo de saber a resposta. Tinha medo de virar cada página.
Temos aqui perto um local bem reservado (uma área particular) onde muitos contatos já foram feitos e vistos, o proprietário (que é um contatado) que agora é meu amigo, Prof. Lúcio Valério Barbosa, já tem livros editados com suas experiências, já deu várias entrevistas em vários canais de televisão.
Na época, muitas poucas pessoas conseguiam ir lá.
Nessa época eu só tinha ouvido falar dele, não o conhecia pessoalmente, as duas amigas que mencionei já o conheciam. Foi quando num belo dia, a amiga no qual estudávamos juntas, me ligou, perguntando se não queria ir lá. Foi como se tivessem me dado um grande susto, fiquei em pânico. Não conseguia raciocinar, era sexta de tarde, sairíamos sábado depois do almoço, tinha que decidir rápido.
Comecei a andar pela casa feito barata tonta. Medo, ansiedade, tremia, gelei.
Liguei pra ela e disse que ia. Mas..tínhamos que ir no meu carro, pois iam grupos de outros estados e não tinha lugar nas Vans. A estrada era péssima e meu carro era zero, só tinha três meses de uso. A prova era ainda maior.
Fomos em quatro amigos no carro (uma era de Uberaba). Até que todos se reúnem, já saímos bem tarde, quando pegamos a estrada de terra já estava escurecendo. Eram duas Vâns e quatro carros pequenos. De noite, poeira, estrada péssima, pois era tudo morraria, a gente não tem noção de onde se está indo, quando não se conhece a estrada. “Meu carro ia no colo”, na altura do campeonato”.
Lembrando dessa aventura agora que penso: “Meu Deus, que loucura”.
Sobe morro, desce morro, passa dentro de rio. Chegamos lá quase onze da noite. Ao todo, eram umas 30 pessoas. Como teríamos que voltar no domingo depois do almoço, os outros três, (que resolveram por mim pois na altura do campeonato eu nem raciocinava mais) queriam dormir no local de observação. Que fica um pouco afastado do acampamento. Não se arma barraca lá.
Esse local de observação é onde todos vão para ver algo ou sentir.
De noite, frio, escuro (só lanterna)........amigos, que medão......
Sabem, eu brinco agora, pois já estou familiarizada com o local. É como se fossemos lá para assistir num telão, um pouquinho de nossos lares estelares.
Foi a noite mais longa e importante de toda a minha vida, foi a maior prova concreta e física que me aconteceu.
Como tínhamos que voltar no outro dia resolvemos dormir no campo de vigília. Nos acomodamos entre as cobertas (não tínhamos levado barraca) e conversávamos até que o sono tomou conta dos meus companheiro. Fiquei a observar a exuberância daquela noite, como as noites lá são lindas......,ao longe via-se “LUZES” percorrendo o contorno das montanhas ao redor. Já era de madrugada, estava calma e sintonizada no ambiente, o silêncio era total, onde só se ouvia o barulhinho dos grilos. Observava com detalhes cada estrela, cada constelação, cada pedacinho do céu, quando de repente tudo ficou escuro, como se estivessem apagado o céu, as estrelas sumiram, levei um susto, tentei firmar a vista, mas foi a última lembrança que tive.
Quando consegui abrir os olhos, já estava amanhecendo, não conseguia levantar, pois uma forte energia vindo de cima, me pressionava no chão, como se meu corpo estivesse sendo colocado na terra (se coloque encostado numa parede e direcione um imenso ventilador em potência máxima sobre vc), você fica presa entre a energia e a terra. Estava sem ar, meu coração estava disparado, custei a estabilizar minha respiração. Com muita força consegui “SALTAR” do chão, fiquei desorientada, olhei para meus companheiros e estavam todos dormindo. Levei uns vinte minutos para me recuperar e voltar ao normal fisicamente. O local onde deitei, estava todo molhado de sereno, como se nenhum corpo estivesse estado naquele local. A partir daquele momento minha vida mudou completamente, foi maravilhoso esse contato, pois com essa experiência obtive respostas para muitas coisas na qual buscava e busco até hoje.
“ Ajuda especial te é dada quando decides viver conforme a tua consciência mais alta. Entre outras coisas, passas a estar no lugar certo, na hora certa ”
Trigueirinho
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